segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Marrabenta


Marrabenta.
Já muito se falou sobre a marrabenta, mas não basta. Cada pais tem uma identidade cultural que é exibida além fronteiras. Nós temos a marrabenta
para ler ouvindo Hortêncio Langa - Majojo


Fanny Mfumo: conhecido como o rei da marrabenta
Só quem conhece realmente sabe do prazer e alegria que nos o espírito quando começam os primeiros acordes de uma marrabenta.

É característico aquele som da guitarra em mãos hábeis de dedos castigando as cordas. Foram vários os mestres da marrabenta, de entre eles, Fany Mfumo, Dilon Djindji, Xidiminguana (diminutivo de Domingos), João Domingos, etc… cada um tocando, cantando e encantando do seu jeito.

Dizem os mais sabidos que o nome marrabenta deriva do acto continuo de rebentar as cordas ao tocar que na época devido ao não existente poder financeiro, eram “desenrascadas com fio de nylon e arame. As guitarras eram fabricadas de lata e pedaços de madeira.

Mas não se deixe enganar pelo fabrico delas não, elas tocavam até que “marrabentavam” as cordas… Normalmente a marrabenta e dançada aos pares, podendo também dançar ímpar. As suas cantigas retratam o cotidiano social.A marrabenta tem um ritmo quente e acelerado, influenciado pelo “kwela” da África do Sul, pelo Swing e outros ritmos nativos da região.

É dito pelos mais sabidos que a “Maxixe” do Brasil teve a sua origem na marrabenta de Moçambique, no seu ritmo e espírito. Dai derivado o nome de Maxixe, que é uma localidade ao sul de Moçambique. Nos anos 80, após a independência de Moçambique (pelos vistos também cultural) a marrabenta ganhou outra dinâmica, surgindo mais executadores e também promotores que levaram a música pelos quadrantes deste globo.

Foram muitos os conjuntos ou artistas que dignificaram-nos pais a fora, tais como os Ghorwane, (www.ghorwane.com), Orquestra Marrabenta Star, que englobava vozes como Wazimbo, Mingas e Stewart Sukuma (www.myspace.com/stewartsukuma.com). Nos dias de hoje existem outros músicos que compõem a nova geração e continuam a imortalizar a marrabenta. São eles Neyma, Lizha James , dentre outros. Hoje, a marrabenta é dançada e cantada do Rovuma ao Maputo (norte ao sul), quebrou barreiras lingüísticas, culturais, tribais, regionais. Tornou-se abrangente, nacional.

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